quarta-feira, 11 de março de 2015

Influência francesa no Rio de Janeiro


      Bom dia meus amigos, iremos hoje retratar um pouco da história da nossa Cidade Maravilhosa e para isso contamos com a brilhante matéria que o Bom dia Brasil fez semana passada e que me abriu os olhos para esse assunto fascinante, vamos então começar nossa história.
     A paisagem monumental da cidade do Rio de Janeiro contou com decisiva contribuição do olhar francês. A missão artística que aqui desembarcou em 1816 trouxe o pintor Jean Baptiste Debret, que viria a tornar-se um dos principais cronistas da cidade, fixando em mais de 150 pranchas suas vistas panorâmicas, tipos humanos e relações sociais. Dentre as imagens da cidade mais frequentemente reproduzidas ao longo do século XIX destaca-se a baía de Guanabara, retratada sempre em visão distanciada, ora em perspectiva cenográfica, ora à vol-d'oiseau, tema e enquadramentos que continuarão sendo priorizados pela fotografia até os dias de hoje. 
     Já a partir do início do século XIX, a cidade aumenta suas dimensões territoriais, adensa população e consolida-se como centro político, comercial e cultural. Os problemas crônicos de saneamento, circulação, moradia, abastecimento de água, epidemias, aliados aos múltiplos papéis concentrados primeiramente pela sede da metrópole portuguesa e depois capital do Império e da República, requerem melhoramentos urbanos. 
     A influência francesa apresenta-se mais uma vez nas intervenções urbanísticas ocorridas no início do século XX. Francisco Pereira Passos, prefeito do Rio de Janeiro entre 1903 e 1906, estudou em Paris na década de 1850, e acompanhou o crescimento e evolução da Cidade Luz. Tomando-as como modelo, Pereira Passos conduziu a reforma popularmente conhecida como "bota-abaixo", que buscou romper com o passado colonial português e sintonizar o Rio com o ideal vigente de modernidade. A região central da cidade, principal espaço de trabalho e de consumo, foi transformada num cartão postal. A avenida Central, síntese da modernidade do país, e suas imediações passaram a concentrar grandes magazines, restaurantes, hotéis e jornais. Às transformações na paisagem urbana somam-se outras - vestuário, lazer, comércio - que visavam moldar hábitos e gostos aos padrões de elegância da época: os padrões franceses.
     Atualmente vivemos e passamos por prédios e monumentos deixados pelos franceses e nem nos damos conta da sua importância histórica, cultural, filosófica e urbanística. Vamos então relatar alguns para vocês:

CASA FRANÇA BRASIL 
R. Visc. de Itaboraí, 78 - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20010-060 
Obra projetada pelo arquiteto Grandjean de Montigny , que fez parte da Missão Artística Francesa e desembarcou no Rio em 1816. Hoje é um centro cultural.

CONFEITARIA COLOMBO E RUA DO OUVIDOR
Rua Gonçalves Dias, 32 - Centro - Rio de Janeiro - RJ
A Confeitaria reúne vários estilos franceses e fica na rua onde funcionavam as boutiques mais chiques da cidade, que vendiam os artigos de moda importados da França.

THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO
Praça Floriano, S/N - Centro, Rio de Janeiro - RJ, 20031-050
Uma cópia assumida da Opera de Paris. Na sala de espetáculos, as pinturas do pano de boca e do teto foram feitas no ateilê de Eliseu Visconti,em Paris.

AVENIDA RIO BRANCO
Inaugurada em 1904 , copiava o estilo dos boulevards de Paris. Com as novas obras ,que vão dar mais espaço para os pedestres , ela ficará mais parecida com o projeto inicial.

ILHA DE VILLEGAGNON
Ocupada pelos franceses em 1555, foi unida ao continente após vários aterros. Hoje abriga a Escola Naval da Marinha Brasileira.

CRISTO REDENTOR
Inaugurado em 1931 , é a maior obra art déco do mundo.

Como podemos ver ficou bem clara a influência francesa em nossa cidade, inclusive o nosso maior cartão postal faz parte desse grande feito. 

Muito obrigado pelas contribuições.
RMR na Estrada.



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